Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de maio, 2021

O minímo

 “Eu sei que a gente se acostuma, mas não devia.” Marina Colassanti Nós, mulheres que nos relacionamos com homens, ao sairmos com alguém ou iniciarmos um novo relacionamento, muitas vezes ficamos deslumbradas quando nos deparamos com um cara que faz o mínimo. As expectativas que temos em relação aos homens é tão baixa, quase no chão, e ainda assim muitos deles se enfiam num buraco para não alcançá-las. Quantos deles? Não todos, mas o suficiente para deixar-nos traumatizadas em coletivo.  A gente não espera muito e quando encontramos alguém que é educado, nos trata bem e nos respeita, vamos correndo contar às amigas como se tivéssemos ganhado na loteria. Nem percebemos que aquilo é o mínimo, por parecer algo tão raro de encontrar hoje em dia. Claro, ter um namorado que nos dá carinho, se preocupa conosco, que nos faz sentir seguras e que não some do nada, nos fazendo implorar por atenção, é ótimo. O problema é que não deveríamos estar acostumadas com menos do que isso....

Coletânea "De volta para os anos 80"

       É engraçado como as coisas mudam em um piscar de olhos. Um ano atrás eu fui dispensada do meu trabalho como analista de laboratório, e depois de refletir e me dar conta de que o meu chamado era seguir o sonho de ser escritora, hoje com muito orgulho e alegria anuncio minha primeira participação em um livro de contos, publicado pela Editora Metamorfose e com participação autores de vários lugares do Brasil e até do exterior.       "De volta para os anos 80 propõe uma viagem ficcional no tempo, com histórias que se passam na chamada década perdida, mas que na verdade foi a década das Diretas Já, da queda do Muro de Berlim, do surgimento do videogame, de filmes e músicas inesquecíveis. Época do descobrimento da AIDS, de luta contra preconceitos, tempo em que se enviava e se recebia cartas escritas à mão e se usava fichas para falar em um orelhão."      Se um ano atrás me dissessem que hoje eu estaria sendo publicada pela primei...

Novo site

     Um ano atrás eu fui dispensada do meu trabalho como analista de laboratório por causa da pandemia. A quarentena me afetou bastante psicologicamente, e eu comecei a pensar no que eu realmente queria fazer da minha vida. Senti que era a hora de finalmente correr atrás do meu sonho de infância de ser escritora, então dois meses depois, decidi criar um blog para compartilhar meus textos, e comecei a participar das minhas primeiras oficinas de escrita criativa. Três meses depois da criação do blog, parei de postar e comecei o Curso de Formação de Escritores, da Metamorfose.      Eu criei o blog para dar o primeiro passo na minha carreira de escritora, mas decidi parar de publicar, porque manter uma presença online ativa requer trabalho, e naquele momento eu estava com outras demandas, não conseguiria dar conta de tudo. Eu também achava que precisava me desenvolver mais, e foi o que fiz.      Hoje, quase um ano depois do primeiro passo, retorn...

Sobre a pandemia

 Postado originalmente em 1 de setembro de 2020.      Estou tão cansada. Estar trancada em casa cercada pelo medo me limita. Por muito tempo eu me cobrei por não estar sendo produtiva o suficiente, mas é difícil se sentir inspirada e motivada quando se está trancada entre quatro paredes. Eu não posso contar com a força de vontade e é normal nos sentirmos assim desmotivados devido ao momento que vivemos.       Acredito que todos nós temos dias bons, quando conseguimos nos sentir bem e fazer algo que queremos, e dias ruins, quando não dá vontade nem de sair da cama. Eu tenho tentado focar nos dias bons, tentado me manter ocupada e pensando nas coisas boas que estou buscando, no que estou planejando para o futuro. Mas agora o futuro é uma questão de “se”. Se nada ruim acontecer.       A ansiedade me consome e o vírus me faz mal sem eu nem ter pego ele. É cansativo estar alerta o tempo inteiro, estar com medo o tempo inteiro, desco...

Busque positividade

 Postado originalmente em 21 de agosto de 2020.      Quem me conhece sabe que ser gentil e prestativa é algo tão natural para mim quanto respirar e é algo que me faz feliz, mas após muito tempo frequentando ambientes com pessoas não tão gentis assim, eu até estava me surpreendo quando encontrava alguém desse jeito. O que é meio estranho, já que eu também sempre busco ver o melhor nas pessoas e parto do princípio que são todos bem dispostos. Inocente? Talvez, mas que seja. Prefiro ser assim do que ver negatividade em tudo.       De uma maneira ou de outra, sempre estamos em uma jornada. Nessa jornada, é normal que busquemos referências, exemplos e ajuda, mas o que eu encontrei por algum tempo foi somente negatividade, pessoas frustradas dizendo que não vai dar certo e colocando os outros para baixo. Isso me deixava bastante chateada, mas hoje já não fico mais. Primeiro porque eu parei de ir onde eu sabia que estas pessoas estavam e passei a procura...

Por que um peixe subiria em uma árvore?

 Postado originalmente em 9 de julho de 2020.      Recentemente, de maneira não intencional, tenho voltado às minhas raízes. Nos últimos 7 ou 8 anos eu mudei completamente muitas vezes, meu mundo virou de cabeça para baixo, mas hoje eu volto ao lugar que comecei. Acho que era assim que tinha que ser. Desde cedo eu sabia o que queria, mas mudei de ideia por vontade do destino e deixei a ideia original de lado para que eu pudesse me preparar para isso sem nem me dar conta.      Oito  anos atrás eu estava no ensino médio, lendo Crepúsculo e Harry Potter durante a aula, sonhando em um dia ser escritora, me preparando para o vestibular, pretendendo cursar jornalismo, me disseram que eu precisava de um plano B. E precisei. Escolhi no uni-duni-tê aquele curso que parecia mais empolgante comparado aos outros da lista, justamente a matéria que eu tinha dificuldade na escola. Foi lá que eu aprendi do que sou capaz, foi lá que eu levei tombos e aprendi a me ...

Princesa tolerante

Postado originalmente em 26 de junho de 2020.      Quando estamos apaixonadas, toleramos muita coisa. Uma vez ouvi dizer que quando nos apaixonamos, criamos expectativas naquela pessoa e o melhor que podemos fazer é esperar que elas sejam atendidas ou aceitar as coisas como elas são. Há uma linha tênue entre aceitar e tolerar, e quando o tolerar satura, começamos a nos cansar. O que acontece quando a gente se cansa? Antes de chegarmos na resposta dessa pergunta, há um caminho a ser traçado e cada uma leva o seu tempo.       Ao se apaixonar, uma mulher madura tem a consciência de que não existem contos de fadas, apesar de desejar isso lá no fundo, e sabe que nem tudo é perfeito. Ela aceita isso e está pronta para encarar o que der e vier em nome do amor. Ele demora a responder as mensagens, mas tudo bem! Talvez esteja apenas ocupado. Ele não te leva chocolates quando você está de TPM, mas tudo bem, ele não tem obrigação de fazer isso. Você é uma mulher ...

Até quando?

 Postado originalmente em 13 de junho de 2020.      Vejo a curva que não para de subir. Mais de 40 mil mortos, bem mais. Quantos não foram registrados? Mais de 800 mil infectados, bem mais. Nenhum indício de que a situação vai melhorar em breve e eu tenho medo de pensar por mais quanto tempo isso vai se estender. Eu e meia dúzia de gatos pingados com medo de colocar o pé para fora. Será que sou só eu que levo isso ao pé da letra? Sem sair de casa há semanas, saindo somente para o imprescindível, a saúde mental como fica? Não saio para caminhar, para visitar meus lugares favoritos, não vejo meus amigos nem me arrumo para tirar fotos na frente do espelho antes de um jantar. Quanto tempo mais eu vou ficar sem a minha vida? Vida esta que não existe mais, pois querendo ou não, o mundo como conhecíamos acabou.            No início eu acreditava que sairíamos desta situação melhores, mais empáticos e solidários, mas hoje, infelizmente já n...

O início do blog

 Postado originalmente em 8 de junho de 2020.       Todo mundo começa em algum lugar. Acho que aqui é um bom lugar para começar. Desde a época da escola eu sonhava em ser escritora, devorava livros e me destacava pela escrita. Depois que me formei no ensino médio, infelizmente perdi o hábito de ler pois a carga de estudos aumentou muito no ensino técnico, estudar era muito mais exaustivo do que deveria ser e por mais que eu me esforçasse, não atingia o potencial que sabia que era capaz. Depois de um tempo, o desempenho nas aulas melhorou, e o sonho de escrever foi engavetado para dar lugar a uma profissão mais pé no chão.      Minha paixão é escrever. Como pude ficar sem fazer isso por tanto tempo? E por que deixei de fazer algo que me faz tão bem? Eu me dei conta de que o que estava me impedindo de seguir meu sonho era insegurança. E eu não vou deixar insegurança ficar no caminho daquilo que me faz feliz de verdade, não é mesmo? Hoje busco retoma...